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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Bambu e o Vazio

O Vazio que a gente questiona tanto, pode ser o começo da maturidade, do entendimento e de encontrar a fé.
Todos nós sentimos, em alguns pontos de nossa vida, em diferentes intensidades uma sensação de vazio, um misto de fadiga, inquietude da alma, desconforto, anseio, falta de algo que não sabemos bem o que é. Muitas vezes vamos à busca de algo diferente para nos preencher: objetos exóticos, amizades, atividades novas, excesso de trabalho ou de lazer, moda, guloseimas, namoro, turismo de aventura, profissão nova, país novo… Alguns chegam a atitudes extremas fazendo coisas arriscadas, perigosas, extravagantes, agressivas, violentas. Mas nada satisfaz, porque depois que as grandes emoções passam, o vazio fica e continua perturbando a alma; então retornam destroçados, deprimidos e muito frustrados.
Aí eu li sobre o Bambu...

“…Se o bambu tivesse o talo maciço, ele seria pesado, rígido, inflexível. Com isso, os taoístas perceberam que é o vazio que garante as qualidades do bambu. O vazio é um dos conceitos fundamentais do pensamento oriental.
Para a maior parte das pessoas, o vazio tem um sentido negativo. Significa nulidade, inexistência, zero. Para os orientais é o oposto. Se o bambu tem suas virtudes por causa do caule oco, então o vazio tem um sentido positivo. O vazio é a origem de boas qualidades, é algo que se valoriza e permite a existência das coisas. Basta pensarmos de modo inverso. Se o elevador estiver lotado, não podemos entrar. Se nossa mente estiver entulhada de preocupações, não podemos pensar direito.
É dessa forma que os sábios antigos viam o vazio. Não pela ausência, mas sim pelas possibilidades que ele abre, pelos benefícios que ele traz. É uma visão positiva e não negativa. Um antigo texto chinês, o Tao Te Ching, diz: “O vaso é feito de argila, mas é o vazio que o torna útil. Abrem-se portas e janelas nas paredes de uma casa, mas é o vazio que a torna habitável”.
O vazio é invisível. Apesar de óbvio, esse detalhe é fundamental porque mostra que as coisas mais importantes são invisíveis. Os sábios sabem que existem coisas mais profundas do que as aparências. Para os mestres orientais, o vazio é universal, onipresente. Percebiam que o Sol flutuava no céu, no vazio, que a lua flutuava no escuro da noite, no vazio. Para os mestres orientais, “universo”, “o todo” e “vazio” são conceitos correspondentes. Tudo nasce no (e do) vazio e tudo volta para o vazio. O mesmo vazio do bambu…”
Falando em Judô aí embaixo..lembrei da historinha do Bambu e resolvi dividir!
Bjo queridos!

Um comentário:

  1. É isso mesmo Vania,vamos encarar o "vazio" de forma que nele exista o completo em nossas vidas!!!!

    ARIGATÔ. rsss bjs.

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